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Localizado bem perto do porto de Setúbal, numa das zonas mais antigas da cidade, com uma deslumbrante vista sobre o magnífico estuário do Rio Sado, a Península de Tróia está o Museu do trabalho Michell Giacometti.
O museu situa-se numa antiga fábrica de conservas, a Perienes,
que foi adquirida pela câmara municipal de Setúbal em 1991. Ali está patente ao
público um importante acervo: a coleção etnográfica do próprio Michel Giacometti
e peças relacionadas com profissões tradicionais da atividade marítima,
construção, trabalhos agrícola e indústria conserveira.
O objetivo principal deste espaço é a preservação e a
divulgação das técnicas do Mundo do Trabalho. Existe um espaço para exposições
temporárias e exposições permanentes. No
espaço das exposições permanentes
podemos encontrar a “Mercearia Liberdade – Um património a Salvaguardar”.
Trata-se da reconstituição de uma mercearia lisboeta do início do século XX,
cujo espólio oferecido pelos proprietários Á câmara municipal de Setúbal.
Acessibilidade
Para as pessoas cegas, existe uma pasta com documentos em
braille organizada pelo Grupo de acessibilidade em Museus (GAM). Este documento pode ser requisitado na
receção.
Na
concepção do edifício foi tomado em consideração a questão da acessibilidade,
essencialmente motora. Existem rampas, um elevador com portas suficientemente largas
para cadeiras de rodas e carrinhos de bébé. Por motivos orçamentais, o museu não dispõe um
sistema de visita em áudio-guia.
Michel Giacometti
Michel Giacometti, nasceu em Ajaccio, na Córsega, França, em
1929. Durante a adolescência descobre o
seu gosto pelas Letras e pelas Artes, fundando
va´rias revistas da especialidade.
Em 1956, após ter terminado a licenciatura em Letras e
Etnologia pela Sorbonne, inicia uma campanha com o objectivo de recolha de
elementos etnográficos das ilhas do Mediterrâneo, que nunca acabou por concluir
.
A sua ligação a Portugal é feita através a sua mulher,
Isabel Ribeiro. Em 1959, estabelecem-se no nosso país. Desde logo, Michel
começa desde logo a trabalhar na recolha dos registos sonoros e de outras peças
etnográficas do nosso país. De todos os trabalhos o que lhe traz maior
visibilidade é o programa “Povo que ainda Canta” exibido em 1970, na RTP( Rádio
e Televisão Portuguesa).
No ano de 1985 o Estado português adquire o arquivo sonoro
de Michel Giacometti. 1987, morre o etnógrafo francês e fica sepultado na localidade
alentejana de Perogurada, distrito de Beja.
Contactos:
Largo dos
Defensores da República,
2910 Setúbal,
Portugal
Telefone:
(+351) 265 537
880
Fonte:
www.mnetnologia.wordpress.com
Agradecimentos
Jean-Jaques Pardete
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