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A Pousada Mindo Lago dispõe de rampas apropriadas para
cadeiras de rodas em toda a sua área de ocupação.
Conhecer novos lugares e disfrutar da Natureza sempre foi a
paixão de Mercedes Narváez, de 94 anos.
Embora nem sempre tenha podido fazer todas as viagens que gostava. Principalmente
porque a infraestrutura turística não lhe dava as facilidades para movimentar-se
com destreza, numa cadeira de rodas.
Mas a cada ano mais lugares que têm em conta as pessoas com
deficiência ou idosos com dificuldades em caminhar.
A cadeira de rodas, que usa desde os dois anos, converteu-se
na sua companheira de todas as viagens.
Esta semana esteve na Pousada Arasha Resort & and Spa, juntamente com as
suas filhas e netos. A vantagem deste lugar é que há rampas para aceder a todos
os espaços.
As casas de banho são as mais próximas da receção, as casas
de banho são amplas para entrar com cadeira de rodas e além disso têm tubos
colocados nas paredes para que o hóspede possa agarrar-se a eles enquanto
relaxa no banho
Para Bernardo Garzón, proprietário da Pousada Mindo Lago, isto
acrescenta valor ao serviço, que é muito valorizado pelas famílias. Recorda que
quando iniciou a sua actividade na Pousada(2005) realizavam-se caminhadas
noturnas, um atrativos para as pessoas, mas não para aquelas que tinham
limitações de marcha.
Inclusivamente numa ocasião, um dos participantes teve que
carregar a sua filha durante todo o percurso. Agora têm rampas e o lugar tem
iluminação para facilitar o acesso.
Narváez valoriza o facto de não ter que subir escadas para
chegar à casa de banho. Isso causa-lhe dor nas pernas e transforma-se em
enxaqueca. Mais do que quando termina
exausta uma viagem de carro de suas horas de Quito para Arasha.
Ela brinca com os jovens que se
aproximam do carro para ajudá-la a sair. “Cuidado que sou forte”, avisando-os.
São parte do pessoal da Pousada.
Eles encarregam-se de levá-la ao quarto e mostrar-lhe onde fica a piscina. Alí
está Mariana Paredes, outra turista assídua.
A piscina é um dos seus lugares
preferidos, porque tem uma rampa que lhe permite fruí-la. A artrite nas pernas
tornam dolorosas as escadas das piscinas públicas. Este tipo de infraestrutura
responde a uma campanha nacional que o Ministério do Turismo tem vindo promover junto do setor turístico
privado, desde 2012.
Além disso, foi possível publicar um Manual de
Acessibilidade para os locais de alojamento. Nele são especificadas as
condições e regras dos lugares , para que sejam considerados acessíveis. O
manual foi difundido em várias empresas hoteleiras para que possam aplica-lo
nas suas infraestruturas.
Até agora tem sido acolhida. Baños, na provincia de
Tungurahua, é um exemplo. Foi declarada Cidade Acessível devido à contrução de
rampas de acesso aos principais lugares turísticos e à sua sinalização.
Também obteve reconhecimento internacional como o Prémio da Society
for Accessible Travel & Hospitality e o Prémio Rainha Sofia de Espanha, em
2010. O hostel Las Granadillas é uma referência.
Tem três pisos e todos estão ligados por um sistema de
rampas. As portas são largas,
precisamente para dar acesso a cadeiras de rodas.
O seu proprietário, Alfonso Morales, iniciou este projeto em
2005. A sua vida de viajante influenciou na sua decisão. Também lhe era complicado ir aos seus lugares
turísticos preferidos porque não tinham infraestruturas que fossem inclusivas e
facilitassem a mobilidade em cadeira de rodas. Algo parecido se passou com
Patricia Agirre, mas noutro canto do país: em Mindo.
O seu avô usou cadeira de rodas durante os seus últimos anos
de vida, através dele apercebeu-se do difícil que é poder disfrutar com a sua
família do tempo livre em outros lugares turísticos.
Ela abriu o hostel Birdplanet. Conta com uma rampa na sala
de jantar e um quarto adaptado. A
Pousada faz turismo inclusivo há um ano. Especializa-se em cuidados a pessoas
com deficiência do estrangeiro. Por mês recebe 8 pessoas, em média.
Pablo Marañón hospeda
a mesma quantidade na sua Pousada Huasquila Amazon Lodge. Está na província
de Napo. Conta com sete quartos equipados, que foram construídas há cinco anos,
desde logo se evidenciou a necessidade de ter uma infraestrutura inclusiva. Os
viajantes chegavam e não tinham comunidades. Além disso os caminhos foram
adaptados para circularem pessoas com incapacidade visual.
Segundo o Ministério do Turismo, uma das razões pelas quais
o sector se virou mais para o Turismo inclusivo foi a procura.
Num relatório publicado em 2012 por portfólio, especifica-se
que cerca de 6 milhões de pessoas com alguma incapacidade viajam anualmente por
motivos turísticos e recreativos a uma escala Mundial. Além disso. Calcula-se
que dos 125 milhões de pessoas que procuram este serviço na Europa, 70% deles
têm recursos financeiros para viajar frequentemente para o estrangeiro.
Atualmente está a desenvolver-se um planeamento estratégico
de Turismo Acessível, para conhecer o número de turista com incapacidade que se
movimentam no Equador e o número de lugares
acessíveis.
O estudo está a fazer-se nas províncias de Imbabura,
Pichicha, Tungurahua, Napo e Guayas, segundo Pamela Verde, técnica da Área de Direção de produtos e Inovação. Estará
pronto em novembro.
Fontes: ” El Comercio”
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