Monday, October 17, 2011

Parque Arqueológico da Arrábida

As Câmaras Municipais de Setúbal e Sesimbra, a Casa de Calhariz e aFaculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa  assinaram, no passado mês de Setembro um protocolo com vista à criação do Parque Arqueológico da Arrábida.

A razão para a criação deste parque deve-se à forte presença de peças de grande valor arqueológico, entre os concelhos de Sesimbra e Setúbal. Este facto foi constatado a quando da elaboração da Carta arqueológica de Sesimbra:


Roça do Casal do meio. Fonte:PhotoArch
Terras do Risco, uma área bastante extensa da Idade do Bronze, que terá sido um povoado naquela Época.

Lapa (gruta)da Cova, Santuário Fenício que indica o contacto com os fenícios( Idade do Bronze)

Monumento Funerário Fenício da Roça do Meio. Foram encontrados objectos característicos de populações mediterrânicas, assim como vestígios de outros períodos.

Com toda esta riqueza arqueológica existente na Roça do Casal do Meio foi colocada a hipótese  de construção de um parque arqueológico, não só com objectivos didácticos, mas também turísticos.

A participação da Câmara Municipal de Setúbal neste projecto deve-se a que parte dos terrenos onde está localizado o povoado estarem sobre jurisdição da autarquia sadina. A Casa de Calhariz também se mostrou interessada neste projecto.

Divisão de tarefas

A cargo da Faculdade de Belas Artes de Lisboa ficará todo o trabalho técnico relacionado com a arqueologia da zona abrangida pelo futuro Parque.

As Câmaras de Setúbal e Sesimbra comprometem-se a financiar o Projecto até 2013. Este financiamento será, no total de, 90 mil euros e assegurará toda a parte logística necessária para assegurar a parte técnica do projecto.
Santuario Fenício da Lapa (Gruta) da Cova,fonte:SAFA

Actividades que serão realizadas

Serão realizados passeios culturais, uma exposição sobre o monumento da Roça do Meio, um ciclo de palestras, acções de educação patrimonial, em articulação com as escolas dos dois concelhos.



Reacções dos signatários

Para Pedro Holstein Bek, representante da Casa de Calhariz “Este projecto a níivel Cultural tem um dos achados arqueológicos mais importantes a nível Europeu. A nível ambiental irá permitir disciplinar o trânsito de pessoas bicicletas e motas que entrar na Serra sem qualquer controlo e que se repercute de forma negativa no ambiente e do ponto de vista económico irá fortalecer o turismo regional e nacional, indispensável à sua sustentabilidade".

Para José Luís Gonçalves é preciso “criar uma âncora na Serra da Arrábida que atraia pessoas para dinamizar o local”. “É necessário haver um desenvolvimento na região aos níveis turístico, pedagógico e social”,

Maria das Dores Meira admite que a criação dum parque arqueológico “vai ser um marco histórico da região e do país”

Augusto Pólvora salienta o facto de “a ajuda financeira prestada por ambas câmaras que, até 2013 subsidiam em 90 mil euros a Faculdade de Belas Artes para conduzir a recolha de conteúdos museológicos para o futuro Parque Arqueológico, ter como principal objectivo a “realização do sonho que é este projecto”.





Fonte:
Jornal "O Sesimbrense" nº1154 de 27 de3 Setembro de 2011
 
Setubal na rede , texto visualizado a 17/10/2011

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